A telepatia instintiva: baseia-se naqueles impactos de energia que vêm de um corpo etérico e provocam uma impressão sobre outro. O meio de comunicação empregado é a substância etérica de todos os corpos, que é necessariamente uma com a substância etérica do planeta.
A área em torno do plexo solar (embora não em direta relação com esse centro, já que ele existe com um instrumento distinto de todos os outros instrumentos ou centros) é sensível ao impacto da energia etérica, pois essa área do corpo etérico está em “contato” direto com o corpo astral, o corpo do sentimento. Além disso, bem perto do plexo solar encontra-se aquele centro perto do baço que é o instrumento direto de introdução do prana no mecanismo humano. Essa resposta instintiva ao contato etérico foi o processo de comunicação predominante nos tempos lemurianos e foi usado em grande parte no lugar do pensamento e da fala. Envolvia principalmente dois tipos de impressão: o instinto da auto-preservação e o da auto-reprodução.
Uma forma mais elevada dessa telepatia instintiva foi preservada na expressão que usamos tão freqüentemente: “Eu tenho a sensação de que…” e construções semelhantes. Têm elas implicações definitivamente astrais e atuam através da substância astral, utilizando a área do plexo solar como placa sensível ao impacto e à impressão.
Essa sensibilidade astral (não etérica), ou “telepatia que se sente” foi basicamente um tipo de comunicação dos atlantes e consistia em empregar, em última análise, o próprio centro do plexo solar como agente receptor; o agente emissor (se é que posso usar tal expressão) atuava através de toda a área do diafragma. Era como se emergisse dessa parte do veículo humano um conjunto de forças ou de ondas centrífugas de energia. A área relativamente ampla, a partir da qual a informação era enviada, atuava como um amplo distribuidor geral; entretanto, a área que recebia a impressão estava mais delimitada, já que envolvia apenas o
plexo solar. A razão disso explica-se pelo fato de que, na época atlante, o ser humano ainda era incapaz de pensar, nos moldes segundo os quais entendemos o pensamento. É difícil para nós entender que toda a parte inferior do corpo estava entregue às sensações. A única contribuição mental do comunicador era o nome do receptor, além do nome ou forma substantiva da ideia a ser transmitida. Esse pensamento embrionário dirigia-se à sua meta e o poderoso mecanismo “sensorial” do plexo solar recebia-o (atuando como um imã) e atraía fortemente tal “impressão sensorial”, extraindo-a do comunicador. Esse é o processo que se produz quando, por exemplo, uma mãe pressente que algum perigo ameaça seu filho, ou que algo está-lhe acontecendo. Desse modo, ela se torna assim, muitas vezes, capaz de enviar, por meio do amor instintivo, um aviso mais definido. O plexo solar está envolvido no que se refere ao receptor; já a área ao redor do diafragma acha-se envolvida no que concerne ao comunicador.
Telepatia mental: o centro laríngeo é o que está essencialmente envolvido; às vezes, há também pequena atividade do centro cardíaco e sempre uma certa reação do plexo solar. Daí o nosso problema.
Freqüentemente o comunicador enviará uma mensagem via centro da garganta, e o receptor ainda usará o plexo solar. Esse é o método mais comum, e eu lhes pediria que se lembrassem disso. O envio de uma mensagem pode efetuar-se mediante o centro laríngeo (o que ocorre freqüentemente, entre os discípulos), mas o receptor provavelmente usará o centro do plexo solar. O centro da garganta é, por excelência, o centro ou o meio de todo trabalho criativo. Os centros cardíaco e laríngeo, porém, deverão, afinal, ser usados em conjunto. Apresentei já, anteriormente, a razão disso nas seguintes palavras:
“Apenas do centro cardíaco podem fluir, na realidade, as linhas de energia vinculadoras e unificadoras”. Foi por esse motivo que eu prescrevi certas meditações que estimulam o centro cardíaco à ação, ligando tal centro (que se encontra entre as omoplatas) ao coronário (localizado no centro da cabeça), mediante a correspondência superior com o centro cardíaco (o lótus de mil pétalas). Esse centro cardíaco, quando devidamente magnético e irradiante, une os discípulos uns com os outros e a todo o mundo. Isso acarretará também aquela interação telepática que deve ser ardentemente desejada e que é tão construtivamente útil à Hierarquia espiritual — contanto que ela se estabeleça 19 dentro de um grupo de discípulos empenhados e dedicados ao serviço da humanidade. Então pode-ser-á confiar neles.*